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O Bullying na Escola é um assunto que assusta muitos pais de crianças que estão vivendo suas primeiras experiências na escola. Pensando nisso, elaboramos esse artigo para ajudar os pais desse tipo de crianças e jovens a aprenderem algumas formas de lidar com esse problemas. Vamos lá?
Pais, ensinem seu filho a ficar longe da agressividade e do bullyng na escola!
“Ser agressivo é um comportamento aprendido, e tudo o que foi aprendido pode ser desaprendido.” Dra. C. Sally Murphy
Quando a violência é uma realidade, tanto o indivíduo agressivo como a vítima, precisam de ajuda. O agressivo precisa de orientação para aprender a relacionar-se com outros sem abuso de força ou de poder e a vítima deve contar com alguns artifícios práticos para lidar com a situação.
Em muitos casos, o agressivo tem dificuldades em se relacionar e não entende os sentimentos daqueles a quem intimida e precisa ser monitorado e ensinado para comunicar-se corretamente. O livro Take Action Against Bullying (Tome Medidas contra a Intimidação) diz: “A menos que se aprenda e se adote novos comportamentos, os indivíduos agressivos continuam a agredir durante a vida inteira. Agridem o cônjuge, os filhos e, possivelmente, seus subordinados no trabalho.”
Como combater a agressividade
Ensinar o filho desde pequeno a mostrar empatia pode impedir que se torne agressivo. O objetivo é ensiná-los, mesmo que só tenham cinco anos de idade, a entender os sentimentos dos outros e a tratar as pessoas com bondade.
Embora ainda sejam poucos os dados estatísticos sobre o impacto em longo prazo, os primeiros resultados indicam que aqueles que receberam o treinamento são menos agressivos do que os que não receberam.
Como pai, ou mãe, se não deseja que seu filho se torne agressivo é preciso ensinar a ele, por meio de palavras e de exemplo, a tratar os outros com respeito e dignidade.
Como ajudar? Provavelmente, você tem à disposição uma excelente, porém subestimada fonte de treinamento, a “regra de ouro”, a mais famosa instrução já dada a respeito de como mostrar empatia:
“Todas as coisas, portanto, que quereis que os homens vos façam, vós também tendes de fazer do mesmo modo a eles.” Mateus 7:12
Ensinar os filhos a aceitar essa Regra Áurea — amá-la e viver de acordo com ela — não é fácil: exige bom exemplo, persistência e trabalho árduo, especialmente, porque as criancinhas são, por natureza, egocêntricas. Mas vale a pena o esforço! Se os seus filhos aprenderem a ser bondosos e solidários, acharão repulsiva a ideia de agredir os outros.
Ajudem seus filhos a combater o bullying na escola!

As vítimas da agressividade e do bullying na escola, em especial, os jovens, enfrentam um desafio difícil — manter o equilíbrio sob pressão. Quando você é intimidado ou agredido, o agressor provavelmente anseia que você perca o equilíbrio emocional. Ele espera que você fique furioso ou aterrorizado. Se você explodir de raiva, chorar ou expressar mágoa ou medo, o agressor terá êxito e vai tentar provocar, repetidas vezes, a mesma reação.
Dicas preciosas para lidar com o Bullying na Escola
▪ Mantenha-se calmo; não se enfureça. “Larga a ira e abandona o furor.” Salmo 37:8 Se você se descontrolar, estará fazendo o jogo do agressor e provavelmente fará coisas que depois vai lamentar.
▪ Procure tirar da mente ideias de desforra. A vingança, muitas vezes, sai pela culatra. Seja como for, a desforra não é realmente satisfatória. Certa moça que, aos 16 anos de idade, foi espancada por cinco moças se recorda: “Eu decidi no meu íntimo: ‘Vou me vingar delas.’ Pedi ajuda a umas amigas e me vinguei de duas das agressoras.” O resultado? “Fiquei com um sentimento de vazio”, diz ela. E a conduta dela piorou depois disso. Lembre-se das sábias palavras da Bíblia: “Não retribuais a ninguém mal por mal.”
▪ Quando os ânimos parecem se acirrar, afaste-se rapidamente. Via de regra, mantenha-se longe de agressores em potencial. “Argucioso é aquele que tem visto a calamidade e passa a esconder-se, mas os inexperientes passaram adiante e terão de sofrer a penalidade.” Provérbios 22:3
▪ Se as intimidações ou os maus-tratos persistirem, você talvez tenha de encarar a situação. Escolha um momento em que você esteja tranquilo, olhe o indivíduo nos olhos e fale de modo firme e calmo. Diga a ele que você não gosta do que ele faz — que não é divertido e que magoa. Não recorra a insultos ou desafios.
▪ Fale a respeito das intimidações ou agressões com um adulto responsável. Seja específico a respeito do problema e peça ajuda para lidar com ele. Faça o mesmo nas orações a Deus e isso pode ser uma fonte maravilhosa de ajuda e consolo.
▪ Lembre-se de que você tem valor como pessoa. O agressor talvez queira que você pense que você não vale nada, que merece ser maltratado. Atenção: ele não é seu juiz. Seu juiz é Deus, e ele procura o que há de bom em cada um de nós. O agressor é quem perde valor, por recorrer a tal conduta.
Pais, protejam seus filhos
Os pais devem, desde cedo, preparar os filhos para lidar sabiamente com pessoas agressivas e o bullying na escola. Podem, por exemplo, fazer breves encenações com os filhos para demonstrar como projetar um senso de confiança. Até mesmo a postura física — aprumada — pode enviar uma mensagem sutil que dissuade alguns agressores. O contato olho no olho, mãos e braços descontraídos e falar de modo firme e seguro também podem ajudar. Estimule os pais para que ensinem os filhos a se afastarem dos agressores a evitá-los e a pedirem ajuda a um adulto de confiança, como um professor.
Eliminar o comportamento agressivo e o bullying na escola começa com a educação da família. Os pais que se colocam à disposição dos filhos, que ouvem com paciência e empatia suas ansiedades, instilam neles o sentimento de que são desejados, apoiados e amados. Profissionais no campo da educação, exortam os pais a criar nos filhos um conceito positivo sobre si mesmo. Tal conceito sadio reduz o atrativo como alvos aos olhos do agressor.
No entanto, não é mera questão de falar. Todo membro da família deve aprender a tratar os outros com respeito e dignidade e a cultivar empatia. Portanto, não tolere nenhuma agressividade na sua casa. Faça de seu lar um porto seguro, onde prevaleçam o respeito e o amor.
Artigo escrito por Lígia Ribeiro Susin
Bibliotecária – Rede de ensino Caminho do Saber
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